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Tarifas: Quais são os apoios do Governo que mobilizarão 10 mil milhões de euros?

Escrito por em 11 de Abril, 2025

IMG: Unsplash.

Foi aprovado pelo Conselho de Ministros, na quinta feira, 10 de abril, o Programa Reforçar, que visa “um conjunto de medidas destinadas a apoiar a competitividade das empresas, a exportação e a internacionalização da economia portuguesa, em resposta aos desafios colocados pelo contexto internacional”, segundo o Executivo. O pacote inclui, no total, 10 mil milhões de euros em apoios.
Mas e que apoios são estes?

“O programa prevê a mobilização de até 10 mil milhões de euros, através de instrumentos financeiros dirigidos a empresas com atividade exportadora e internacionalizada, com especial atenção à diversificação de mercados“, clarifica o Governo.

Entre as principais medidas destacam-se as seguintes quatro: 

  1. Reforço das linhas de financiamento do Banco Português de Fomento (BPF), com um total de 5.185 milhões de euros destinados a fundo de maneio e investimento empresarial;
  2. Nova linha de financiamento no valor de 3.500 milhões de euros, incluindo 400 milhões em subvenções, orientada para o investimento de empresas exportadoras;
  3. Reforço dos plafonds de seguros de crédito à exportação, no valor de 1.200 milhões de euros, para apoiar a diversificação de mercados, através da Agência de Crédito à Exportação do BPF;
  4. Novo programa de incentivos no âmbito do Portugal 2030, no valor de 200 milhões de euros, para apoio à internacionalização e exportação. Deste montante, 150 milhões destinam-se especificamente a pequenas e médias empresas.

Segundo o que foi declarado pelo ministro da Economia, Pedro Reis, na quinta-feira, algumas medidas do Programa Reforçar, apresentado no contexto das tarifas de Donald Trump, arrancam já em maio e junho e estima-se que “quase todas” estarão em vigor já no próximo trimestre.

“Há medidas que irão ser colocadas no terreno entre maio e junho, mas quase todas elas no próximo trimestre”, indicou.

Questionado sobre se o plano se mantém, mesmo com a pausa de 90 dias na aplicação das tarifas anunciada esta quarta-feira, o ministro assegurou que é “acelerado e reforçado” por este contexto, mas que corresponde a um “desenho de uma estratégia” que o Governo queria colocar no terreno.

Por isso, será “implementado independentemente” do que venha a acontecer nas negociações.

O ministro esteve, nos últimos dias, reunido com várias associações empresariais, para perceber as suas opiniões como o impacto das tarifas nas empresas.

Acrescenta que, “se o Governo é o pai deste programa, as associações empresariais são a mãe”.