Sismo de 4,7 na escala de Ritcher “abala” com site do IPMA
Escrito por Edgar Correia (TPE587) em 17 de Fevereiro, 2025
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IMG: Iniciativa CpC.
O sismo de magnitude 4,7 na escala de Richter que, esta segunda-feira, foi registado nas estações da rede sísmica do continente levou a que o sítio na Internet do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) ficasse inacessível durante vários minutos.
Este abalo, que teve a duração de 6 segundos, além de poder causar danos moderados a construções mal estruturadas, incluindo fissuras e quedas de objetos, pode, ainda, gerar pânico, interrupções nos serviços e deslizamentos de terra em áreas montanhosas.
A iniciativa Cidadãos pela Cibersegurança (CpC) alertou, esta segunda-feira, que, “perante uma ocorrência deste tipo seria de esperar que o site do IPMA fosse a principal, mais fiável e segura fonte de informação. Infelizmente não foi (e: de novo). O mesmo já tinha aliás acontecido em agosto do ano passado.”
O site do IPMA tornou, esta segunda-feira, a não aguentar a carga dos utilizadores que procuraram saber o que se passava e que não conseguiram informação do site.
Ao mesmo tempo, dizem os responsáveis pelos Cidadãos pela Cibersegurança, que o site da Google mostrava o alerta, a vermelho, para a ocorrência sísmica.
“Isto significa que quando acontecer o grande sismo que se sabe que irá acontecer – mais cedo ou mais tarde – os sistemas do IPMA não serão resilientes ao aumento de acessos (supondo que as redes móveis e de internet resistem) e, provavelmente, ao próprio sismo”, conclui esta iniciativa popular.
Na sua nota enviada às redações, a iniciativa CpC apela ao IPMA, por forma a evitar estas indisponibilidades que use CDN (Content Delivery Network) para armazenar cópias do conteúdo do site em servidores distribuídos geograficamente, permitindo que os usuários acedam recursos de um servidor próximo; que implemente um bom sistema de balanceamento de Carga (Load Balancing); se já tem balanceamento adicionasse mais servidores ao ambiente para lidar com o aumento do tráfego; que realize uma otimização do código e site tendo em vista a redução da carga de acessos; que avalie o alojamento do site em plataformas na nuvem que permitam escalar automaticamente os recursos com base na procura e, por fim, que realize urgentemente testes de carga e tenha um plano para lidar com a perda total de acessos e de servidores em cidades como Lisboa.
De acordo com os responsáveis da iniciativa, implementando estas estratégias, o IPMA poderia minimizar o risco de que o seu site seja colocado fora do ar devido a um grande número de acessos, garantindo o acesso às importantes informações que apenas o IPMA pode fornecer ao público com o rigor e exigência que se lhe reconhece.