Proteção Civil emite alerta à população devido ao agravamento do estado do tempo
Escrito por Edgar Correia (TPE587) em 24 de Janeiro, 2025
As previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, que apontam para um agravamento do estado do tempo em Portugal continental nos próximos dias, levaram a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) a emitir um aviso à população. A depressão EOWIN deve trazer períodos de chuva, por vezes forte, em especial nas regiões Norte e Centro, podendo ser acompanhados de trovada, mas também vento forte com rajadas até 90 kms/h no litoral e nas terras altas e agitação marítima forte na costa ocidental com ondas até 5 metros, podendo atingir os 7 no dia 26. Está, ainda, prevista a queda de neve nas regiões Norte e Centro, a partir da tarde do dia 27.
Estas condições atmosféricas favorecem também a ocorrência de variações significativas dos níveis hidrométricos nas zonas historicamente mais vulneráveis, em especial nos dias 25 e 26 de janeiro.
Atendendo à instabilidade do tempo, a ANEPC recorda que poderão ocorrer:
- Inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento ou por galgamento costeiro;
- Cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras;
- Instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água;
- Piso rodoviário escorregadio devido à possível formação de lençóis de água ou à acumulação de gelo e/ou neve;
- Possíveis acidentes na orla costeira, devido à forte agitação marítima;
- Arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública;
- Desconforto térmico na população devido ao aumento da intensidade do vento.
Assim, é recomendado que a população adote algumas medidas preventivas, tais como:
- Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
- Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
- Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
- Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando a circulação e permanência nestes locais;
- Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
- Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tomando especial atenção à eventual acumulação de neve e/ou formação de lençóis de água nas vias rodoviárias;
- Evitar a circulação em vias afetadas pela acumulação de neve;
- Nas vias afetadas pela acumulação de neve, evitar viagens com crianças, idosos ou pessoas com necessidades especiais;
- Evitar circular naquelas vias com veículos pesados, em particular articulados, veículos com reboque e veículos de tração traseira;
- Restringir ao máximo possível os movimentos de veículos e de pessoas apeadas, nas zonas potencialmente afetadas pela queda de neve;
- Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
- Retirar das zonas confinantes das linhas de água, normalmente inundáveis, animais, equipamentos agrícolas e industriais, veículos e/ou outros bens para locais seguros;
- Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.