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Ontem, na emissão especial de 35 anos da Rádio Marinhais, fomos “repescar” as primeiras vozes da Rádio (c/ som)

Escrito por em 7 de Junho, 2024

IMG: Rádio Marinhais.

No dia de ontem, em que se assinalaram os 35 anos de emissão regulares da Rádio Marinhais, Edgar Correia, no programa Informação e Música esteve à conversa com Paula Sandra e com Cristina Neves, as primeiras vozes da Rádio Marinhais.

Corria o dia 6 de junho de 1989 quando a primeira emissão da, recém legalizada Rádio Marinhais, ia para o ar. No interior dos estúdios um nervoso “miudinho” apoderava-se de uma equipa que já não era “novata” no mundo da rádio, uma vez que a Rádio Marinhais emitiu, enquanto “rádio pirata”, entre 1985 e 1989 e muitos dos que fizeram parte dessa experiência transitaram, depois, para uma ainda mais profissional.

Esse é o caso de Paula Sandra que, mesmo estando mais distante, neste momento, de Marinhais, participou, ontem, por telefone no Informação e Música e recordou a sua experiência e passagem pela Rádio Marinhais, bem como sublinhou a brutal evolução tecnológica a que assistimos em três décadas.

Na última hora do Informação e Música, por sua vez, foi altura de receber, em estúdio, outra voz que marcou as manhãs e a informação da Rádio Marinhais há três décadas. Falamos-lhe de Cristina Neves, a primeira a abrir a porta dos estúdios e a dar os bons dias aos ouvintes. A antiga radialista recorda, com saudade, os tempos em que fez da Rádio a sua segunda e, por vezes, primeira casa.

Já há trinta anos atrás, conta Cristina, a “correria” também era característica no meio da comunicação social, mas os tempos inevitavelmente diferentes e a dita “correria” ou “pressão” para o cumprimento de metas e objetivos também se alterou. Antes, usava-se, por exemplo, os discos de vinil sem se imaginar sequer o que viria a ser a automação digital ou a inteligência artificial. A título de exemplo, Cristina recordou que os blocos publicitários eram inseridos através de uma cassete pré-gravada. Aquilo que hoje parece inimaginável, era a forma de trabalhar há não muitos anos atrás.

Apesar de ser um meio onde os profissionais têm de ser ágeis e rápidos, mas responsáveis e rigorosos, Cristina conta que, apesar de tudo isso, aquilo que guarda de melhor da experiência da rádio é o sentimento de pertença e de família que se criou, em 1989, e que se mantém até aos dias de hoje.

Também, em estúdio, esteve o Diretor da Rádio Marinhais, Jorge Burgal que reforçou o contributo determinante e fundamental daqueles que ajudaram a fundar a Rádio Marinhais, bem como de todos aqueles que passaram pela Rádio e pelos que, atualmente, honram e respeitam a excelência do legado deixado pelos antecessores.