Crianças e jovens refugiados em Portugal sofrem discriminação e exclusão
Escrito por Edgar Correia (TPE587) em 20 de Junho, 2023
No dia que se assinala o Dia Mundial do Refugiado, a delegação portuguesa da UNICEF alerta para os diferentes desafios a que estão sujeitas as crianças e jovens refugiados e requerentes de asilo em Portugal. Para além da barreira linguística, questões como a discriminação, falta de oportunidades de âmbito escolar ou profissional colocam estas pessoas em risco de pobreza e exclusão social
Em 2022, de acordo com os dados disponibilizados pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) citados pela UNICEF, Portugal registou 1.992 pedidos de proteção internacional, dos quais 354 eram de crianças. Deste universo de crianças, 83 não tinham qualquer acompanhante. A somar a estes números, registaram-se, ainda, durante um ano do conflito armado entre a Rússia e a Ucrânia, 14.111 pedidos de proteção temporária concedidos por Portugal a crianças deslocadas da Ucrânia.
Países como o Afeganistão, Gâmbia, Índia e Paquistão lideram a lista de países requerentes de asilo em Portugal.
A nível global, no último ano, a UNICEF estima que o número de crianças deslocadas a nível mundial tenha batido o recorde de 43,3 milhões. Só com a guerra na Ucrânia estima-se que tenham fugido dois milhões de menores.
Destes 43,3 milhões de refugiados, cerca de 60%, ou seja 25,8 milhões, foram deslocados internamente devido a conflitos e violência.