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Realizada na Biblioteca Municipal da Chamusca, a sessão “Violência Doméstica: O impacto nas crianças e jovens” dá destaque à importância da denúncia e da intervenção preventiva para garantir ambientes seguros e afetivos para o desenvolvimento das crianças e jovens.
No âmbito do Mês da Prevenção dos Maus-Tratos na Infância, a CPCJ da Chamusca promoveu uma sessão de sensibilização sobre o impacto da violência doméstica em crianças e jovens. A iniciativa, realizada na Biblioteca Municipal, contou com a colaboração do Município da Chamusca e da APAV, e foi dirigida a técnicos da área social, forças de segurança e profissionais da rede de apoio à infância.
A sessão foi conduzida pelo psicólogo Gustavo Duarte, da APAV de Santarém, que destacou os efeitos da exposição à violência doméstica — mesmo sem agressão direta — no bem-estar emocional, psicológico e social de crianças. Insegurança, ansiedade, dificuldades escolares e isolamento social foram alguns dos impactos mencionados.
Foram ainda apresentados dados do RASI 2024, que revelam cerca de 30 mil denúncias de violência doméstica no país, incluindo mais de 10 mil casos envolvendo menores de 16 anos. No concelho da Chamusca, os números seguem a tendência nacional de aumento das sinalizações, com destaque para a exposição de crianças a ambientes familiares violentos.
A CPCJ reiterou que a sua missão não é retirar crianças das famílias, mas sim garantir os seus direitos e segurança, promovendo um ambiente protetor. A denúncia de situações de violência foi apontada como dever legal e ético de todos os cidadãos.
A importância da articulação entre entidades da saúde, educação, segurança e ação social foi sublinhada como essencial para respostas eficazes e integradas, sendo as casas de abrigo consideradas recurso de última instância. As entidades envolvidas reafirmaram o compromisso com a proteção da infância, lembrando que a prevenção exige ação contínua ao longo de todo o ano.