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Agravamento das condições climatéricas motiva avisos da Proteção Civil

Escrito por em 26 de Março, 2024

IMG: Pixabay (Ilustrativa).

De acordo com a informação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), prevê-se, para as próximas 72 horas, precipitação, vento, agitação marítima e queda de neve.

Este Instituto alerta que a precipitação pode ser por vezes forte e persistente e acompanhada de granizo e de trovoada, a partir de quarta-feira, dia 27 de março.

Quanto ao vento, prevêem-se rajadas de 100 km/h nas terras altas, em especial na Serra da Estrela, no dia 26 de março. A partir da tarde de 27 de março, o vento predominará de sudoeste, com rajadas até 85km/h, nas regiões Norte e Centro, podendo ser superiores a 90 km/h nas terras altas.

No que diz respeito à agitação marítima a situação deve agravar-se na tarde de 26 de março, com ondas que podem atingir entre os 6 a 7 metros a norte do Cabo Carvoeiro.

Atendendo à alteração das condições meteorológicas, com previsão de precipitação, vento, agitação marítima e queda de neve, é expectável:

  • Piso rodoviário escorregadio devido à possibilidade de acumulação de gelo, neve e formação de lençóis de água;
  • Possibilidade de queda de neve em áreas e a altitudes onde habitualmente não se verifica;
  • Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis;
  • Possíveis acidentes na orla costeira devido à forte agitação marítima;
  • Ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento ou por galgamento costeiro;
  • Possibilidade de queda de ramos ou árvores, bem como de afetação de infraestruturas associadas às redes de comunicações e energia;
  • Danos em estruturas montadas ou suspensas;
  • Desconforto térmico na população devido à descida acentuada da temperatura mínima.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) recorda que o impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a adoção das principais medidas preventivas para estas situações, nomeadamente:

  • Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas do degelo;
  • Prestar atenção aos grupos mais vulneráveis (crianças nos primeiros anos de vida, doentes crónicos, pessoas idosas ou em condição de maior isolamento, trabalhadores que exerçam atividade no exterior e pessoas sem abrigo);
  • Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
  • Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
  • Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando a circulação e permanência nestes locais;
  • Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
  • Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tomando especial atenção à eventual acumulação de neve e/ou formação de lençóis de água nas vias rodoviárias;
  • Evitar a circulação em vias afetadas pela acumulação de neve.