A operação foi revelada pelo Ministério Público de Grójec, na região da Mazóvia, que acusou os envolvidos de permitir travessias ilegais de fronteiras e de abuso de poder. Três pessoas foram detidas, incluindo dois altos responsáveis de um escritório de emprego na região, que ajudaram estrangeiros a obter documentos fraudulentos para atravessar a fronteira polaca.
Entre 2018 e 2024, cerca de 12.500 migrantes, principalmente da Ásia, África e Ucrânia, conseguiram entradas ilegais na Polónia e noutros países do espaço Schengen, usando documentos falsos que simulavam ofertas de emprego de empresas polacas, algumas delas inexistentes.
A notícia surge num momento em que o sistema de vistos da Polónia está a ser alvo de investigação, após o governo atual ter criticado a gestão do anterior executivo, do partido Lei e Justiça, acusando-o de permitir que centenas de milhares de migrantes obtivessem vistos de forma ilegal. O primeiro-ministro Donald Tusk referiu que uma auditoria oficial revelou que foram emitidos mais de 366 mil vistos fraudulentos a migrantes de países asiáticos e africanos.
Recentemente, o presidente Andrzej Duda assinou uma nova lei que impõe restrições ao direito de asilo na Polónia.