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Municípios de Coruche e Ponte de Sor acolhem programa imersivo sobre a cortiça e o saber-fazer tradicional

Escrito por em 26 de Fevereiro, 2025

IMG: Pixabay (Ilustrativa).

Arranca já esta quinta-feira, dia 27 de fevereiro, e decorre até 1 de março, um programa imersivo sobre a cortiça e o saber-fazer tradicional que vai decorrer nos Municípios de Coruche e de Ponte de Sor. A iniciativa, que é promovida pelo Programa Nacional Saber Fazer Portugal, em parceria com o Município de Coruche e o Plano Nacional das Artes, inclui a dinamização de oficinas, visitas orientadas e uma conversa aberta sobre os desafios do setor.

Nos dias 27 e 28 de fevereiro, os artesãos Adélio Real e António Luz irão guiar oficinas de experimentação de cortiça, dirigidas a alunos do ensino secundário. As atividades oferecem, segundo a organização, “uma abordagem prática ao trabalho artesanal com cortiça, permitindo aos participantes explorar técnicas tradicionais e processos criativos, com foco na valorização desta matéria-prima sustentável e no desenvolvimento de competências manuais.”

Adélio Real, especialista na produção artesanal de objetos utilitários em cortiça, iniciará as oficinas nos Agrupamentos de Escolas de Coruche e Ponte de Sor com a apresentação de um tarro, ponto de partida para uma conversa sobre o processo de trabalho da cortiça, do descortiçamento do sobreiro à confeção de peças.

Já nas oficinas orientadas por António Luz, a decorrer no Agrupamento de Escolas de Coruche e no Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor, os participantes terão a oportunidade de modelar pequenos objetos em cortiça, como sardinhas, cocharros e peças côncavas, aperfeiçoando o acabamento através de processos como lixagem e decoração.

No dia 28 de fevereiro, a equipa do Programa Nacional Saber Fazer Portugal conduzirá visitas orientadas à exposição “Produção Artesanal Portuguesa: a atualidade do saber-fazer ancestral”, no Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor. As visitas, dirigidas aos participantes nas oficinas, pretendem sensibilizar para a relevância dos saberes tradicionais na produção contemporânea e incentivar um consumo mais responsável e sustentável, evidenciando o papel da produção artesanal na valorização dos territórios.

O programa encerra no dia 1 de março, pelas 15h00, com uma conversa aberta ao público no Observatório do Sobreiro e da Cortiça, em Coruche, reunindo os artesãos Arlindo Pirralho, Paulo Nunes, Adélio Real e António Luz, sob moderação de Carlos Faísca. A sessão abordará questões essenciais como a transmissão do conhecimento, os percursos de aprendizagem, os desafios do setor, a seleção criteriosa da cortiça e a comercialização dos produtos artesanais, sempre refletindo a importância de preservar e valorizar o saber-fazer tradicional.