Centenas de Crianças visitam “fábricas” da Água
Escrito por Edgar Correia (TPE587) em 20 de Maio, 2024
“Para onde vai a água suja depois de usada?”. Este foi o ponto de partida para uma semana de portas abertas nas Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) da Águas do Ribatejo (AR).
Centenas de alunos do primeiro, segundo e terceiro ciclos visitaram a ETAR que serve a sua escola para conhecerem todo o processo de tratamento das águas residuais desde a recolha, transporte, passando pelos tratamentos primário e secundário e pela devolução ao rio após tratamento.
“Quando carregamos no autoclismo, a água suja vem parar aqui?”, questiona Joana Mendes, aluna do 4.º ano em Coruche. A resposta é simples, tudo o que descarregamos no sistema de saneamento segue o seu caminho para a ETAR.
Na obra de entrada são visíveis cotonetes, toalhas, toalhetes e cabelos que foram colocados na sanita mas deveriam ter ido para o contentor de Resíduos Sólidos Urbanos. “A sanita não é o caixote do lixo. Na sanita só há lugar para as nossas necessidades fisiológicas, papel higiénico (porque se desfaz) e água. Nada mais!”, explica Isabel Rodrigues responsável pelo Sistema de Tratamento de Águas Residuais de Coruche.
Em Benavente, na ETAR da Quinta do Papelão, alunos do 12.º ano na área de ciências, tiveram oportunidade de ver a água suja na entrada da ETAR e compararem com a água tratada que é devolvida ao ciclo urbano da água através da linha de água que corre para o rio Sorraia.
David Cardoso, técnico responsável pela instalação desafiou os alunos a aplicarem os conhecimentos adquiridos num caso prático com um sistema de tratamento de águas residuais.
Coruche, Benavente, Almeirim, Alpiarça, Chamusca, Salvaterra de Magos e Torres Novas são exemplos práticos da importância dos sistemas de tratamento. Recorde-se de que a primeira ETAR em Coruche surgiu há cerca de 20 anos, mas hoje existem duas dezenas de estações que tratam com eficácia e segurança as águas residuais numa parte significativa do território do concelho.