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Proteção alerta população para os efeitos da chuva e do vento fortes nas próximas 48 horas

Escrito por em 8 de Fevereiro, 2024

Para as próximas 48 horas, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê precipitação, por vezes forte, em especial no Minho e Douro litoral, vento do quadrante sul, por vezes forte e com rajadas que podem ir até 85 km/h no litoral e até 110 km/h nas terras altas. Quanto à agitação marítima, devem registar-se ondas de sudoestes com 4 a 5,5 metros e está prevista, também, a queda de neve nos pontos mais altos da Serra da Estrela.

De acordo com os dados disponibilizados pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) poderá ocorrer, também, um aumento significativo de caudais na generalidade das bacias hidrográficas, mas sem situações críticas, com exceção dos caudais no rio Vez e no rio Lima, onde pode ocorrer transbordo do rio junto às zonas ribeirinhas.

Estes fenómenos de precipitação, vento forte, agitação marítima e queda de neve, estão normalmente associados:

  • À ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento ou por galgamento costeiro;
  • A ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras;
  • À instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, fenómeno que pode ser potenciado pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais, ou por artificialização do solo;
  • A piso rodoviário escorregadio devido à possível formação de lençóis de água ou à acumulação de gelo e/ou neve;
  • Possíveis acidentes na orla costeira, devido à forte agitação marítima;
  • Ao arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública;
  • E s desconforto térmico na população pela conjugação da temperatura mínima baixa e do vento.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a adoção das principais medidas preventivas para estas situações, nomeadamente:

  •  Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
  • Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
  • Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
  • Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando a circulação e permanência nestes locais;
  • Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
  • Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tomando especial atenção à eventual acumulação de neve e/ou formação de lençóis de água nas vias rodoviárias;
  • Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
  • Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.

IMG: Site ANEPC (Ilustrativa).